Na mitologia amazônica encontramos o mito do "Boto Rosa" que possui a qualidade de emergir das águas do Rio Amazonas à noite e adquirir forma humana.
De peixe, transforma-se em um rapaz cuja beleza, fala meiga e sedutora, magnetismo do olhar atraem irresistivelmente todas as mulheres. Por isso, toda a donzela era alertada por suas mães para tomarem cuidado com flertes que recebiam de belos rapazes em bailes ou festas. Por detrás deles poderia estar a figura do Boto, um conquistador de corações, que pode engravidá-las e abandoná-las. Seduzidas, as mulheres mantém encontros furtivos com esta entidade, que ao amanhecer retorna ao fundo dos rios, onde reside.
Algumas testemunhas afirmam que ele sempre se apresenta muito bem vestido, usando um chapéu para ocultar um orifício para respiração que originalmente o animal possui no alto da cabeça. Freqüenta bailes, dançam, namoram, conversam e antes da alvorada, pulam para água e volta à sua condição primitiva, ou seja, torna-se boto.
Nas noites de luar do Amazonas, afirmam alguns, que os lagos se iluminam e pode-se ouvir as cantigas de festas e danças onde o Boto participa. Sedutor e fecundador, conta-se que o boto sente o odor feminino a grandes distâncias, virando as canoas em viajam as mulheres. Isso ocorre sempre a noite, e para evitar o boto, deve-se esfregar alho na canoa, nos portos e nos lugares que ele goste de parar. O Boto é portanto, o Dom Juan da planície Amazônica. Seu prestígio, longe de diminuir com as dissipações do tempo, ganha novos florões com os casos que todo dia lhe aumentam o lendário e a fé do ofício.
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O Boto é hoje um animal em extinção e grande culpa disso é por que o homem lhe conferiu poderes mágicos. Muitos pescadores os capturam para corta-lhes o pênis com a finalidade de fazer um amuleto de "conquista varonil" ou para combater a impotência sexual. Suas nadadeiras também são utilizadas na fabricação de remédios. Seus olhos são usados como atrair as mulheres. Os pajés costumavam realizar rituais para preparar os olhos do animal a ser entregues e usados pelos necessitados.
O Boto é símbolo de sedução e energia vital. Todos os animais aquáticos simbolizam o psiquismo, esse mundo interior e tenebroso através do qual se faz conexão com Deus ou com o Diabo. De natureza ambígua estes seres se ligam aos rios e oceanos, lugar de todas as fascinações e de todos os terrores. Mares, rios, são lugares selvagens e inumanos, onde a lógica nunca prevalece.
O Boto é hoje um animal em extinção e grande culpa disso é por que o homem lhe conferiu poderes mágicos. Muitos pescadores os capturam para corta-lhes o pênis com a finalidade de fazer um amuleto de "conquista varonil" ou para combater a impotência sexual. Suas nadadeiras também são utilizadas na fabricação de remédios. Seus olhos são usados como atrair as mulheres. Os pajés costumavam realizar rituais para preparar os olhos do animal a ser entregues e usados pelos necessitados.
O Boto é símbolo de sedução e energia vital. Todos os animais aquáticos simbolizam o psiquismo, esse mundo interior e tenebroso através do qual se faz conexão com Deus ou com o Diabo. De natureza ambígua estes seres se ligam aos rios e oceanos, lugar de todas as fascinações e de todos os terrores. Mares, rios, são lugares selvagens e inumanos, onde a lógica nunca prevalece.
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Bom final de semana!
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